Sábado, 4 de janeiro de 2025


Nada melhor que um primeiro sábado do ano, com Anna Barroso. Foto: Edy Fernandes

Filosofia Assustadora

Bom 2025 e um primeiro susto! Já estamos no quarto dia do ano novo, 2025 começou a acabar. Semana que vem, meio de janeiro, logo depois, fevereiro sem Carnaval, porque ele vai ser regado pelas águas de março. Aí, Semana Santa e Tiradentes; 1º de Maio, Corpus Christi, 7 de Setembro num domingo, assim como Finados, e lá se vai e se 2025!

Assustadora e Normal

Tudo terrivelmente rápido. O jeito é aproveitar o amanhã, como se fosse um simples domingo. Mas dá tempo de brincar com o Réveillon que acaba de acabar e 2025 que acaba de começar acabando. Na nossa roleta russa, caímos na história do Réveillon, em uma pitoresca página, chamada “Casa da Boia”.

Normal e Previsível

Mas por que “Casa da Boia”, se ela ainda existe? Por um motivo óbvio. Sem propaganda e publicidade, a “Casa da Boia” vende cobre e metais não ferrosos em São Paulo há mais de 125 anos. E lá encontramos, vá saber o motivo, a enorme epopeia do Réveillon que, claro, seremos obrigados a resumir.


Nada melhor continuar um primeiro sábado, com Grazi Coelho. Foto: Edy Fernandes

Previsível e Gostosa

Mas com outra surpresa no final: Carlos Drummond de Andrade. Vejam quanta coisa “nova” e interessante: “As primeiras comemorações de Ano-Novo datam de 4000 anos. Aconteciam na Mesopotâmia para celebrar o fim do inverno e início da primavera, entre os dias 22 e 23 de março do nosso calendário atual”.

Gostosa e Preciosa

“Essa celebração simbolizava o início de uma nova safra de plantação e era o momento em que as pessoas pediam por alimentos e fartura. Para os persas, assírios, egípcios e fenícios, o novo ano era celebrado em setembro e para os gregos em dezembro. Os romanos foram os primeiros a estabelecer uma data no calendário”.

Preciosa e Poderosa

“O ano novo romano era comemorado em 1º de março, mas em 153 a.C, virou 1º de janeiro. Em 46 a.C, os romanos adotaram o calendário juliano e mantiveram a data. Em 1582, com a adoção do calendário gregoriano (que utilizamos atualmente) pela Igreja Católica, o 1º de janeiro foi oficializado”.

Preciosa e Curiosa

O melhor vem agora. “O calendário é baseado no movimento da Terra em torno do Sol. Os famosos 365 dias, divididos em 12 meses. Mas, a volta da Terra em torno do Sol leva 365 dias e seis horas. Para descomplicar, essas seis horas foram acrescidas em um dia de fevereiro a cada quatro anos. Nos anos bissextos!  Como em 2024, quando fevereiro teve 29 dias”.

Curiosa e Serelepe

Mil perdões, mas agora, seremos obrigados a resumir, mas com sabor de França e Brasil. “Réveillon tem origem no verbo francês ‘réveiller’ (acordar). Logo a palavra foi adotada com sentido de “despertar” do novo ano. A palavra descrevia uma refeição leve, à noite, impedindo as pessoas de dormirem”. Logo, caindo na esbórnia, claro.


Nada melhor que reforçar um primeiro sábado, com a dupla Juliana Gontijo e Fernanda Côrtes. Foto: Edy Fernandes

Lança Perfume

*“A partir do século 17, Réveillon se referia às festas da nobreza francesa”.

Aí, as nobrezas de outros países adotaram o nome e o termo se popularizou.

No Brasil, uma das tradições é a de vestir-se de branco e para quem está no litoral, pular sete ondas no mar.

Uma simpatia ligada à Umbanda para homenagear Iemanjá.

A Umbanda é uma religião brasileira de ancestralidade africana, surgida em 1908.

“Umbanda” pertence ao vocabulário quimbundo, de Angola, e quer dizer “arte de curar”.

Quem quiser ler o resto é como quem procura acha. Passemos ao poeta como prometido?

E com uma receita de ano novo, não para alimentar o corpo, mas talvez a esperança, assinada por Carlos Drummond de Andrade.

Para você ganhar um belíssimo Ano Novo, não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas, nem parvamente acreditar que, por decreto de esperança,

a partir de janeiro, as coisas mudem e seja tudo claridade.

Como recompensa, justiça entre os homens e as nações.

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,

você tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil.

Mas tente, experimente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. Partiu 2026!