Sábado, 24 de fevereiro de 2024


O charme emocional e real de Stephanie Batista. Foto: Edy Fernandes

Sapos intragáveis

“Engolir sapos” pode prejudicar a saúde, principalmente os barbudos. O outro nome desta tragédia é “lixo emocional”. No blog “Pontotel”, achamos algumas considerações sobre este mal, aparentemente invisível, mas muito nocivo. Uma lata de lixo tem limite e, quando cheia, pode transbordar; contaminar e até matar, mesmo que o lixo não seja atômico ou hospitalar.

Intragáveis e inúteis

O que é o lixo emocional, quais os impactos dele no ambiente de trabalho e como se livrar deste bicho cabeludo? Bicho que pode morder o trabalho, os relacionamentos sociais e pessoais. Para onde vão todas as frustrações geradas, antigos traumas e sentimentos que não foram verbalizados? 

Inúteis e nocivos

Todos já passamos por situações em que não conseguimos nos posicionar como gostaríamos. Aí, ou “chutamos o balde” do ocorrido ou guardamos ressentimento, abastecendo o lixo emocional. O fluxo dos acontecimentos é rápido. E quando não é possível lidar totalmente com um problema, parte-se para o próximo, sem ao menos haver uma reflexão sobre o anterior.  

Nocivos e venenosos

Assim começa o acúmulo de insatisfações, medos e mais estresse. Contudo, a pandemia colocou todos diante da chance de encarar o lixo emocional que há tempos está sendo varrido para baixo do tapete. Será? Nosso comentário, antes de retomar o texto original. A pandemia mudou muita gente, mas para pior.


A beleza emocional e real de Letícia Pacheco. Foto: Edy Fernandes

Venenosos e asquerosos

Em seu auge, acreditamos que as pessoas, os sobreviventes, voltariam mais generosos, gentis e solidários. Ledo engano. O mundo continua mais egoísta que nunca, “meu pirão primeiro” e o próximo que se vire. É cada um por si e salve-se quem puder. Mas voltemos ao tema principal.

Asquerosos e traumáticos

Saber identificar o lixo emocional pode ajudar a reduzir conflitos internos. Lixo emocional é todo sentimento inconsciente ou que não foi processado e exposto verbalmente. Eles podem ser frustrações, decepções, traumas passados, que te fazem travar em novas situações.

Traumáticos e fortes

Essas emoções interferem nas relações. Vamos supor que alguém lhe fala algo que você não gostou. Então, você fica magoado e se deixa levar pelo ressentimento durante dias. Você sabe o nome disso? Acertou quem respondeu lixo emocional!

Fortes e covardes

Você não transformou a emoção negativa em aprendizado, nem expôs a situação para quem te deixou dessa forma. Acumulou entulho e possibilitou o aparecimento de doenças emocionais.  Muitas pessoas, por exemplo, acumulam lixos emocionais no trabalho, local de pressões por metas e produtividade.


A elegância emocional e real de Júlia Gonçalves. Foto: Edy Fernandes

Lança Perfume

*A “vítima” pode começar a desenvolver diversos sentimentos como angústia, raiva e medo, que acabam no ambiente, prejudicando a saúde e a qualidade de vida. 

Trabalhar é ótimo e saudável. Relacionamentos também. São “espaços” de convivência e aprendizado, mas também de estresse e de problemas emocionais. 

O lixo emocional pode começar a se formar quando o profissional é obrigado a fazer algo que está fora da sua função, mas tem medo de dizer não. 

Ele ainda pode estar sofrendo assédio de algum superior. Em outras palavras, aquilo que não foi dito e a ausência de posicionamento podem gerar o acúmulo de lixo emocional.

Quais os impactos do lixo emocional no trabalho? Muitos, mas tentemos abreviar e chegar à solução do problema.

Autopercepção e autoconhecimento. Identificar os padrões repetitivos de comportamento que te levam a sentir mágoa, ressentimento, insegurança, ódio ou sentimento de vingança. 

Empatia! Quando você é empático com a dor do outro, é possível buscar formas de resolver uma questão.

No mais: escutar; fazer contato visual; manter o diálogo; interpretar a linguagem não-verbal; ter abertura para críticas positivas.

E que tal reciclar o lixo emocional? Buscar o lado bom das coisas ruins pode parecer um pouco estranho, mas é necessário entender que o sofrimento não pode paralisar a nossa vida.